Você provavelmente já ouviu alguém falar que, para resolver os problemas econômicos do Brasil como a desigualdade social, por exemplo, bastaria injetar mais cédulas para girar no mercado. Em contrapartida, muitos afirmam que essa prática seria extremamente danosa para o país. Afinal, imprimir dinheiro aumenta a inflação ou não?
Imprimir dinheiro aumenta a inflação?
Para concluir se imprimir dinheiro aumenta a inflação ou não, é preciso entender o que é essa tal de inflação que tanto ouvimos falar todos os dias.
O que é inflação?
A inflação é um termo do mundo econômico designado para representar o aumento dos preços de bens e serviços de forma geral. É ela que determina a redução do poder de compra da sociedade, já que é medida pelos índices de preços. Quanto mais caros estiverem os produtos e serviços, menor será o consumo por parte da população.
No Brasil, existem diversos índices de preços, entretanto, o mais tradicional utilizado no sistema de metas para a inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O que é o IPCA?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi criado em 1979 para controlar a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Para calculá-lo, o comportamento de consumo de 90% das pessoas que vivem nas áreas urbanas é observado. Além disso, são coletados em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços e concessionárias de serviços públicos os preços dos produtos entre os dias 1º e 30 de todo mês.
Os produtos e serviços avaliados compõem uma cesta variada, com alimentos, lazer, gastos com saúde, mensalidade escolar e eletrônicos, sendo os produtos básicos essenciais para a sobrevivência os que detém maior peso no cálculo, como é o caso dos alimentos.
O que é feito com o IPCA?
Com base no IPCA, o Brasil toma medidas para manter a inflação dentro de uma faixa estipulada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Por exemplo, se a meta é 3% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o IPCA acumulado ao final do ano deve ficar entre 1,5% e 5,5%.
Como isso é possível? Através da taxa de juros. No Brasil, o Banco Central aumenta a Selic (juros básicos da economia brasileira) quando os preços aumentam quase que vertiginosamente. Com juros mais caros, o crédito também encarece e consequentemente o consumo geral cai. Por outro lado, quando os preços estão sob controle, a Selic cai e fica mais barato adquirir e contratar serviços.
O que provoca a inflação?
Há diversos fatores que podem provocar a inflação, mas os três principais são:
- Desequilíbrio entre a oferta e a procura. Quando as pessoas aumentam sua renda ou conseguem mais crédito para compras, há o aumento súbito da procura por produtos, que por sua vez passam a ficar escassos. Com isso, os preços sobem e a inflação se intensifica;
- Aumento súbito dos custos de produção de bens, encarecendo o valor de mercado para o consumidor final;
- Aumento dos lucros privados causado pelo monopólio ou controle de um produto ou setor do comércio através do aumento dos preços devido à inexistência de concorrência.
Afinal, imprimir dinheiro seria uma boa solução?
Depende da situação. O Banco Central tem rígidos padrões de qualidade estipulados. Quando uma nota não preenche mais os requisitos necessários, ela é descartada Com isso, no Brasil, milhões de notas de real são destruídas todos os anos. Apenas em 2019 foram descartadas 1,45 bilhão de cédulas.
Sendo assim, a impressão de novas cédulas é autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Outros motivos que podem levar a Casa da Moeda a imprimir dinheiro são o ritmo da economia e o histórico de consumo e preços dos anos anteriores.
Por outro lado, se o mercado é abastecido com mais cédulas acontece a hiperinflação, já que a oferta aumenta e o valor cai, fazendo com que o real valha menos. Com a impressão desordenada de dinheiro, os investidores evitam operar em terreno nacional, impactando o giro econômico do país. Como essa situação é resolvida? A Selic aumenta até que a população perca o poder de compra, resultando em desemprego, dívidas e empobrecimento geral.
Ou seja, imprimir dinheiro aumenta a inflação quando feito de forma descontrolada, sem acompanhamento rigoroso e sem necessidade.
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