Se você acompanha o universo financeiro, com certeza ouve bastante sobre diferentes estilos de investimento e suas taxas de operação. Descubra se é preciso pagar imposto de renda no day trade e prepare-se para operar.

Imposto de renda no day trade, quando pagar?

Antes de saber se é preciso pagar imposto de renda no day trade, é preciso entender o que é esse estilo de operação e como ele funciona.

O que é day trade?

O day trade é um estilo de operação do mercado financeiro em que você compra e vende ações entre a abertura e o encerramento do pregão, isto é, tudo em um único dia. As operações duram menos de 24 horas e permitem que você obtenha lucros através das oscilações de preço que um ativo sofre dentro desse período.

Imagine que você comprou um lote de 100 ações por R$ 50,00 às onze horas da manhã. Como é obrigatório que você zere sua posição até o encerramento do pregão e, por isso, vendeu os ativos por R$ 90 às 16h. Isso quer dizer que você teve um lucro de R$ 40 por ativo, ou melhor: R$ 4.000,00 em apenas algumas horas.

A ideia de ter um lucro alto em poucas horas em um dia é, de fato, muito atraente. No entanto, operar no day trade sem conhecer bem as engrenagens do mercado financeiro pode ser uma verdadeira armadilha.

Para quem o day trade é indicado?

O day trade não é para qualquer um. Na verdade, para se aventurar nessa modalidade de investimento é preciso ter um perfil agressivo que busca lucro em curtíssimo tempo, ou seja, é necessário ter alta tolerância a perdas. Isso porque graças à volatilidade do mercado financeiro, a rentabilidade de um ativo pode variar freneticamente dependendo do cenário econômico do dia de operação.

E não para por aí: diferente dos investimentos de médio e longo prazo, o day trade demanda tempo. Como tudo acontece em apenas um dia, tirar os olhos das movimentações do mercado pode levar você a ter prejuízos indesejados.

Vantagens de operar no day trade

• Lucro em curtíssimo prazo;
• Possibilidade de lançar mão da alavancagem;
• Alto potencial de ganho de experiência em pouco tempo;
• Margem de garantia para quem quiser utilizar títulos públicos, CDB ou outras ações para investir o valor desejado;
• Segurança maior para quem define um stop loss, ou seja, define o teto de perdas por dia.

Imposto de renda no day trade: pagar ou não pagar?

Sim, é preciso declarar as operações de day trade no Imposto de Renda. Diferente do swing trade, por exemplo, em que há a isenção de imposto de renda para alienações de ações até R$ 20 mil ao mês, com o day trade o investidor é tributado  em 20% de qualquer lucro que tenha no mês, não importa o valor investido.

Além disso, a corretora escolhida pelo trader fica responsável por reter 1% de todo  resultado positivo apurado no encerramento das operações. Essa quantia é repassada diretamente para a Receita Federal.

Como declarar day trade no Imposto de Renda?

Para declarar Imposto de Renda no day trade, o investidor precisa preencher uma Darf e pagar o valor do imposto devido até o último dia útil do mês seguinte à negociação. Vale lembrar que as posições de ações, opções em contratos futuros em 31 de dezembro do ano anterior e os prejuízos obtidos também devem ser informados.

Na hora de declarar, preencha o Demonstrativo de Renda Variável. Informe o valor obtido de lucro ou prejuízo de cada mês na opção ‘Operações Comuns/Day Trade’. Para não se perder, a dica é: organize as movimentações mês a mês, separadas por tipo de investimento (ações, opções, mercado a termo, dólar, índice e afins) e agrupe-as por tipo de venda. Entre em contato com sua corretora e solicite as notas de corretagens — nelas tem todas as informações necessárias para declarar o seu IR.

Outras taxas obrigatórias do day trade

Além do imposto de renda, o day trade possui outras taxas que precisam ser pagas para operar corretamente.

• Taxa de Corretagem – É a taxa que libera você para comprar e vender ativos na Bolsa de Valores.
• Taxa de Custódia – A taxa de custódia existe para que aconteça a guarda dos títulos administrados. Ela é cobrada mensalmente.
• Taxas de TED – Toda operação que você realizar exige que você transfira o valor da sua conta para a conta da sua corretora.
• ISS – Significa Imposto Sobre Serviço também. Equivale vale 5% da corretagem.
• Emolumentos – São as taxas de liquidação e negociação cobradas sobre o valor negociado. O valor é cobrado pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e pela BM&FBOVESPA.

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