Para alguns, investir na Bolsa de Valores é um objetivo. Para muitos outros, já é uma realidade. Segundo estudo divulgado pela B3, o mercado ultrapassou o impressionante marco de 3,2 milhões de contas em outubro de 2020. Só entre 2019 e 2020 foram 2 milhões de novos investidores.

O perfil do novo investidor

Para os que ainda são completamente leigos sobre este universo, é comum imaginar um perfil único e robusto de investidor: pessoas mais velhas, experientes e com alto poder aquisitivo. O perfil do novo investidor vem para transformar essa concepção. Ainda de acordo com o levantamento realizado pela Bolsa de Valores, o perfil médio que está por trás das novas contas recém chegadas é:

• Jovem, com cerca de 32 anos;
• Sem filhos (mais de 60% do total);
• Com renda mensal de até R$ 5 mil (56% do total);
• Trabalha em período integral (62%);
• Investimento inicial baixo (R$ 660,00 em média).

Outro dado interessante é que, embora a maioria dos investidores sejam do sexo masculino, as mulheres têm ganhando força no segmento. Em 2018, eram contabilizadas 179.392 investidoras. Em 2020, esse número saltou para 809.533.

Sobre o polêmico investimento inicial, o valor de R$ 660 é uma média do ofertado pelos investidores com cerca de 30 anos de idade. Para investidores mais novos, na faixa entre 18 e 25 anos, esse valor é ainda mais baixo: cerca de R$ 225,00 iniciais. 

Você mais perto da B3

A pesquisa apresentada pela Bolsa de Valores prova que qualquer pessoa pode começar a investir em ações. Ela desmistifica conceitos e aproxima a realidade do mercado financeiro de quem deseja desbravá-lo. Entretanto, ainda que a B3 seja muito mais acessível do que alguns pensam, é necessário aprender muito bem sobre ela.

Se você faz parte do grupo que quer se tornar um investidor, precisa conhecer os tipos de ações negociadas na Bolsa de Valores.

Principais tipos de ações

Antes de mais nada você precisa conhecer os dois principais tipos de ações:

• Ações ordinárias (ON)
• Ações preferenciais (PN)

Ações ordinárias

As ações ordinárias são os tipos de ações mais comuns na B3. Através delas, é possível participar das votações realizadas pelo conselho administrativo das companhias desse mercado. Isso quer dizer que quanto mais ações ordinárias de uma mesma empresa você possui, mais poder de voto você tem.

Apesar de populares e muito procuradas pelos acionistas, é importante ressaltar que as ações ordinárias não possuem preferência quando as empresas pagam seus dividendos.

Além disso, quando há mudança no controle acionário da empresa, existe uma proteção aos acionistas chamada tag along. No tag along, a divisão acontece assim: a companhia que está comprando a empresa que os investidores possuem ações ordinárias deve pagar no mínimo 80% do valor pago pelo grupo controlador.

Para identificar se uma ação é ordinária, basta identificar se ela é composta pela sigla da empresa seguida pelo número 3.

Ações preferenciais

As ações preferenciais vêm em contrapartida às ações ordinárias. Neste caso, quem compra ações preferenciais tem prioridade para receber os dividendos das empresas, mas não votam para escolher os membros do conselho administrativo delas.

No caso de mudança no controle acionário da empresa, os acionistas de PNs recebem primeiro o dinheiro proveniente da liquidação da companhia.

Na hora de identificar se uma ação é preferencial, é só verificar se ela é composta pela sigla da empresa seguida pelo número 4.

Outros tipos de ações

As ações ordinárias e as ações preferenciais são as mais comuns na Bolsa de Valores, mas há também outros tipos que devem ser estudados:

• Ações Escriturais;
• Ações Unit;
• Ações Blue Chip;
• Ações Mid Caps;
• Ações Small Caps.

Ações ON x Ações PN: quais escolher?

Ambas os tipos possuem pontos positivos e pontos negativos. O que vai determinar a escolha é o que o investidor prioriza mais. Quem opta por ter uma garantia maior de retorno de investimento caso a empresa venha a falir, pode preferir as ações ordinárias. Quem busca por mais liquidez, costuma escolher as ações preferenciais. O acionista que deseja ter o poder de influenciar no futuro da companhia deve comprar ações ON. Por outro lado, se prioriza receber os dividendos da companhia, deve investir em ações PN.

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